16/07/2018
A rinossinusite, muitas vezes chamada apenas de sinusite, é a inflamação da mucosa da cavidade nasal e dos seios faciais.¹,3 Esta inflamação pode ser causada por diversos fatores, dentre os quais podemos citar: alergias, vírus, fungos e bactérias.1,2
Os vírus são os principais responsáveis pelos casos de rinossinusite. Elas respondem por 90 a 98% dos casos. Já a rinossinusite bacteriana, responsável por 2% a 10% dos casos, ocorre quando a inflamação nas mucosas é causada pela presença e infecção por bactérias patogênicas.³
Muitas das vezes, a infecção bacteriana costuma acontecer após uma infecção viral. O vírus cria um ambiente desfavorável, com edema (inchaço) na mucosa, levando a obstrução do orifício do seio da face e dificuldade de drenagem de secreção. Essa, por sua vez, facilita a proliferação/ infecção bacteriana secundária. Tal fato costuma ser mais comum entre crianças que adultos. 5
Identificação e diferenciação da rinossinusite bacteriana
Os sintomas e o tempo de duração são muito importantes para o diagnóstico. A rinossinusite costuma ter como principais sintomas: febre alta, secreção nasal com pus (geralmente unilateral), congestão nasal (entupimento), dor de cabeça e na face, halitose, dor de dente (odontalgia), entre outros. Uma combinação destes sintomas podem ser utilizados para diagnóstico médico. Entre os quadros que sugerem a presença de infecção bacteriana estão aqueles que duram além de 10 dias, quadros iniciais com febre elevada, dor a compressão do seio da face associado a queda do estado geral por 3 - 4 dias consecutivos no início do quadro, e aquele paciente que vinha melhorando do quadro inicial e com 5 dias de evolução, voltou a apresentar piora clínica.²,3
Os sintomas são normalmente suficientes para o estabelecimento do diagnóstico, porém exames complementares podem ser feitos caso o médico precise de um diagnóstico mais preciso.2
Tratamento da rinossinusite
As infecções virais não necessitam de medicações específicas, sendo necessário, muitas vezes, apenas o uso de medicamentos sintomáticos.2 No entanto, recomendado que, caso seja identificada a infecção bacteriana e não haja melhora nos primeiros dias, seja feito o tratamento através do uso de antibióticos.3
A avaliação do paciente e o diagnóstico correto são fundamentais para a escolha do esquema antimicrobiano mais adequado. Seu uso de acordo com a prescrição médica leva a maior eficiência no tratamento, melhora clínica para o paciente e diminuição do risco de possíveis complicações.2
É sempre importante lembrar que a utilização correta do antibiótico, seguindo a receita médica, é estratégia fundamental na tentativa de diminuir o risco da resistência bacteriana.2,4
Sendo assim, é muito importante sempre seguir a indicação do seu médico e tirar qualquer dúvida sobre o tratamento, evitando assim, possíveis complicações.
BR/PP/0011/16